Sindifato participa de manifestações na Capital contra a reforma da Previdência

Presidente do Sindifato durante as manifestações.

As manifestações que pararam o país na manhã desta sexta-feira, 28, ocorreram de forma pacífica em Palmas, com trabalhadores unidos contra a proposta de reforma da Previdência e a reforma trabalhista. Milhares de pessoas ocuparam a Avenida JK, entre elas os farmacêuticos, liderados pelo presidente do Sindicato dos Farmacêuticos do Estado do Tocantins (Sindifato), Pedro Henrique Goulart Machado Rocha.

De acordo com o presidente, a reforma da Previdência é um retrocesso e traz vários pontos negativos. “É importante a participação da nossa categoria porque vamos ser muito afetados com essa reforma, principalmente ao que tange a aposentadoria especial. Nós profissionais farmacêuticos temos exposições a agentes de risco biológico, físico e químico, e isso afeta nossas condições de saúde, aumentando o risco de doenças ocupacionais. Com o fim da aposentadoria especial, para aposentar, vamos ter que ficar o mesmo tempo que um trabalhador que não tem essa exposição insalubre. Isso é um retrocesso”, explica o presidente.

O sindicalista, no entanto, faz questão de ressaltar que o Sindifato se preocupa com os trabalhadores de um modo geral que também serão afetados com a reforma. “Para aposentar com 100%, o trabalhador vai ter que contribuir 49 anos ininterruptos. Analisando as condições trabalhistas que temos no país, que oscila entre emprego e desemprego, é impossível manter um emprego por 49 anos ininterruptos, então para ter o direito à aposentadoria integral você terá que fazer a contribuição mesmo estando desempregado”, analisa.

Pedro Henrique ressalta que ao contrário que muitos andam dizendo, as manifestações realizadas no dia de hoje não tem vinculação política. “É muito importante essa manifestação, embora muitos contrários fiquem falando que esse movimento é em prol de partidos políticos. Na verdade não é. Esse movimento é dos trabalhadores para os trabalhadores, por isso, é importante a mobilização de todo mundo, independente de ser servidor público ou trabalhador da iniciativa privada”, conclui.