SINDIFATO IDENTIFICA AUMENTO NA ROTATIVIDADE DE FARMACÊUTICOS EM GRANDES REDES DE FARMÁCIAS.

A crescente rotatividade de farmacêuticos nas grandes redes de farmácias tem gerado preocupações ao Sindicato profissional da categoria. Profissionais que anteriormente mantinham-se fiéis por anos em uma mesma empresa, agora alternam-se rapidamente entre estabelecimentos, buscando melhores condições de trabalho e qualidade de vida.

Segundo avaliação do Sindifato, um dos principais impulsionadores desse cenário é a cobrança excessiva pelo cumprimento de metas. As grandes redes, em busca de maximizar lucros, têm estabelecido objetivos cada vez mais audaciosos para seus profissionais. A imposição de metas, somada à pressão do cotidiano, acaba tornando o ambiente de trabalho extremamente estressante.

O acúmulo de funções é outro ponto destacado por muitos farmacêuticos como motivo para a busca de novas oportunidades. Além das tarefas inerentes à profissão, como a dispensação de medicamentos e a orientação aos pacientes, muitos profissionais têm sido solicitados a realizar tarefas administrativas e de gerenciamento, muitas vezes sem o devido treinamento ou sem uma compensação financeira adequada.

O impacto disso é duplo. Por um lado, os farmacêuticos enfrentam desgastes físicos e mentais, levando muitos a buscarem outros setores ou até mesmo a reavaliarem sua escolha profissional. Por outro, as farmácias enfrentam uma queda na qualidade do atendimento, já que a constante mudança de profissionais dificulta a construção de uma relação de confiança com o cliente e compromete a continuidade do cuidado farmacêutico.

O Sindicato dos Farmacêuticos do Estado do Tocantins (SINDIFATO) tem se pronunciado sobre a questão, ressaltando a importância de se valorizar o profissional farmacêutico. “É crucial que as grandes redes reconheçam o valor do farmacêutico não apenas como um dispensador de medicamentos, mas como um profissional de saúde, essencial para a promoção de saúde e bem-estar da população”, informou o Presidente do Sindifato, Renato Soares Pires Melo.

Para enfrentar o problema, algumas redes têm buscado implantar programas de bem-estar e saúde mental, além de rever a estrutura de metas e bonificações. No entanto, a mudança efetiva demandará uma profunda revisão das práticas corporativas e uma valorização real do papel do farmacêutico na saúde pública.

Enquanto isso, profissionais e entidades representativas buscam dialogar com as empresas e com o público sobre a importância do papel farmacêutico e os desafios enfrentados por esses profissionais. A expectativa é que, com conscientização e esforços conjuntos, seja possível encontrar um equilíbrio entre as demandas empresariais e a valorização da profissão.

Fonte: Sindicato dos Farmacêuticos.