FARMACÊUTICOS REJEITAM A CONTRAPROPOSTA PATRONAL

Os farmacêuticos, do segmento hospitalar no Estado do Tocantins, vêm negociando a norma coletiva desde o ano de 2019.

Na última reunião de negociação, o sindicato patronal apresentou contraproposta de reajuste de 10% sobre o atual salário de R$ 3.919,34 para uma jornada de 44 horas semanais, porém sem o pagamento do passivo trabalhista.

em assembleia geral extraordinária, mais de 100 farmacêuticos rejeitaram a contraproposta patronal, e não renunciam ao passivo trabalhista que vem se acumulando desde novembro de 2019.

Segundo o presidente do sindicato dos farmacêuticos, Renato Soares Pires Melo, “O piso salarial de R$ 3.919,34, foi negociado em novembro de 2017. Já em novembro de 2019, não houve reajuste, assim como não houve reajuste em novembro de 2020, E nem em novembro de 2021. Sem falar no pagamento deste passivo trabalhista, os farmacêuticos não aceitaram qualquer contraproposta que venha da representação patronal”.

CONSEQUÊNCIAS

Para o sindicato profissional, o segmento hospitalar, apesar do crescimento no Estado do Tocantins, deixou de ser atrativo para os farmacêuticos, já que se trata de um trabalho especializado, porém vem sendo desvalorizado pelos empregadores. Desta forma os profissionais estão migrando para outros segmentos por causa das melhores remunerações e condições de trabalho.

Para o Presidente do Sindifato, se a representação patronal não apresentar uma proposta decente, em pouco tempo não haverá profissionais interessados em trabalhar neste segmento.

Estabelecimentos, onde antes havia 5 profissionais trabalhando, hoje tem apenas 2 ou 3. Que além de desvalorizarem os profissionais, ainda os sobrecarregam com o acúmulo de trabalho.

Os estabelecimentos que, espontaneamente, fizeram os reajustes com os mesmos índices de inflação no período de 2019 a 2022, não vem encontrando dificuldades para manutenção dos profissionais em seu quadro de pessoal.

Ainda segundo Melo, “a má gestão das unidades hospitalares privadas, não é justificativa para deixar de conceder a reposição inflacionária e nem ao cumprimento das normas coletivas. Não somos sócios para absorver os impactos causados por decisões erradas”.

NEGOCIAÇÕES

O Sindicato dos farmacêuticos já enviou ofício à representação patronal, rejeitando a contraproposta apresentada.

Uma nova minuta com valores atualizados, incluindo o passivo trabalhista, será encaminhada a representação patronal para análise.

Fonte: Sindicato dos Farmacêuticos.