DOIS PESOS E DUAS MEDIDAS

Está em tramitação na Câmara de Vereadores de Palmas, a Medida Provisória n. 2, que prevê a equiparação de salários entre os presidentes de autarquias e os secretários municipais.

Essa MP causou estranheza entre os ANALISTAS EM SAÚDE, servidores de nível superior da Secretaria Municipal de Saúde, principalmente, porque os profissionais estão, há mais de SEIS ANOS, lutando pela finalização do CARREIRA JUSTA, que equipara os vencimentos dos servidores da saúde com os do quadro geral.

Os servidores de nível fundamental e médio da saúde, já tivera a sua equiparação salarial. Porém, os ANALISTAS EM SAÚDE, não tiveram a sua correção salarial. Atualmente, essa defasagem é de 37,73%.

Por meio de nota, “a Prefeitura de Palmas esclarece que não se trata de aumento de salário de presidentes de autarquias, mas a correção de uma distorção salarial relacionada única e exclusivamente à presidência da Fundação Escola de Saúde Pública (FESP) …. A Prefeitura entende que trata-se de uma questão de justiça e que a instituição ligada à pesquisa e ao conhecimento não pode ter salário diferente de seus iguais”.

Para o Presidente do Sindicato dos Farmacêuticos, Renato Soares Pires Melo, “a prefeitura está brincando com os servidores e a sociedade”.

Desde 2016, os ANALISTA EM SAÚDE, vem buscando corrigir a defasagem de 37,73%, em relação a remuneração dos servidores do quadro geral. As tratativas para os suspensos em decorrência da pandemia de coronavírus. Porém, a Prefeitura alega “uma questão de justiça” para corrigir uma distorção salarial, o que é INACEITÁVEL.

A Prefeitura usa DOIS PESOS e DUAS MEDIDAS para tratar do mesmo assunto. Os ANALISTAS EM SAÚDE estão há mais de seis anos tentando corrigir essa distorção, não era prioridade. Agora, em meio a pandemia, para beneficiar a presidência da Fundação Escola de Saúde Pública, a Prefeitura quer “corrigir uma injustiça”.

O Sindicato dos Farmacêuticos aguarda que a prefeitura corrija o seu ato, ou, no caso de insistência, que a Câmara de Vereadores vote contra a MP n. 02, por ser totalmente descabida para o momento.

Da redação.